Seguidores

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Mania de mulher



 Ainda nem sei como isso começou. O certo é que um dia me dei passando o dedo na vagina e cheirando-o. De início achei o cheiro um tanto estranho, todavia atrativo. E sem notar, dei-me por todos os momentos do banho em passava dois dedos na vagina. Mas o caso piorou: passei a fazer isso nas horas do xixi.
Então, um dia eu fui a uma reunião de trabalho num restaurante, à noite. Como sempre, precisei ir ao toalete.
_ Vou contigo, Maria! – disse – me a amiga Rita, a quem eu contara o que ia fazer.
Tudo bem, tudo bem, repeti comigo mesma sabendo que ela não me veria dentro do cubículo.
Estava, assim, eu despreocupada olhando-me ao espelho (isso eu ainda não havia ido fazer minha necessidade fisiológica já que o banheiro estava lotado) quando uma portinha abriu e eu desci a saia e baixei a calcinha. De imediato sentei-me no vaso sanitário e antes de fazer xixi, levei os dedos anelar e o médio de encontro á minha vagina. Passei-os entre os pequenos lábios, na região do clitóris. Ergui os dedos e os levei ao nariz. Sorvi o perfume – inebriante. Uma espécie de prazer correu-me na pele. A satisfação de sentir-me uma fêmea, uma adúltera, uma mulher pecadora. Sorri.
_ Ah, Maria, você tem a mesma mania que eu!
Lá estava Rita, minha amiga, com um enorme sorriso nos lábios. Estanquei. Um misto de vergonha, seguido de uma sensação de estar perdida apossou-se de mim. E quis olhar, de sofreguidão, quem estava nos vendo. Felizmente o banheiro estava vazio de outras pessoas. Suspirei e a olhei.
_ Ora, não te preocupa, não! Essa mesma mania eu tenho. É coisa de toda mulher, acho.
E eu tive de lhe devolver um sorriso de quem tem uma grande amiga e o sabia. E ela era realmente minha amiga. Foi a parir de então que costumávamos ir juntas ao banheiro do escritório.

Nenhum comentário: